Quem somos

A Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP) é uma organização sem fins lucrativos que foi implementada em Portugal em 1996 pelo coreógrafo e fundador Júlio Leitão e com o apoio da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento e da Câmara Municipal de Oeiras.
A BYP, sedeada no Bairro Dr. Francisco Sá Carneiro, em Laveiras, Caxias, desenvolve desde essa data um trabalho de apoio junto das crianças e jovens da área metropolitana de Lisboa, e, mais concretamente, do Concelho de Oeiras.
Temos como alvo primordial as crianças e jovens provenientes dos bairros suburbanos da grande Lisboa, estando aberta a todos os que se identificam com o seu ritmo e espírito. Naturalmente, as crianças e jovens luso-africanas são as que mais se identificam com o espírito da Associação, constituindo, como tal, a maior parte do corpo artístico da Batoto Yetu.
Procuramos através da dança e expressão artística e da descoberta das raízes culturais africanas das crianças e jovens, o desenvolvimento da sua auto-estima. Dotando-as de ferramentas de empowerment que lhes permitam reforçar a sua capacidade, estas crianças e jovens poderão posicionar-se do ponto de vista sócio-cultural na sociedade onde vivem, contribuindo para um Portugal intercultural e cosmopolita.
Para além do rigor e beleza da performance artística, a BYP valoriza a componente social e educacional, nomeadamente através do aproveitamento escolar de cada elemento e da sua inter-relação com o grupo.
Actualmente, a Associação Batoto Yetu Portugal conta já com 11 anos de história, durante os quais ajudou a formar cerca de 1000 jovens, entre músicos e bailarinos, entre os quais se destacam Telmo Moreira, que começou a dançar no grupo com 8 anos e ganhou este ano o "Prix de Lausanne", sendo uma grande promessa da dança em Portugal, Paulo Jorge, que é um reconhecido DJ nacional, que realiza actuações regulares para a MTV e noutros eventos a nível internacional, Cláudia Semedo, que é uma jovem cineasta e apresentadora, com uma brilhante e promissora carreira no teatro e no cinema, e José Barradas (Duba), que é actualmente Campeão da Europa de Muay Thai pelo World MuayThay Council, sendo uma esperança portuguesa no mundo das artes marciais.
Todos estes exemplos constituem uma enorme força positiva para todos os jovens que frequentam a associação.
Ao longo deste período, realizaram-se mais de 300 actuações nos principais palcos nacionais e internacionais, entre os quais se contam o Coliseu de Lisboa, Centro Cultural de Belém, Teatro Municipal de São Luís, Apollo Theatre (Nova Iorque) ou New Jersey Performing Arts Center (Newark), a par de apresentações em programas televisivos da RTP, SIC e TVI.
Em Junho de 2006, a Direcção da BYP sentiu necessidade de reforçar o seu trabalho de cariz social, através da criação de um projecto social e comunitário. Assim, surgiu o Projecto Áfri-Cá: Asas e Raízes, do qual a BYP é a entidade promotora, que pretende consolidar as bases de um trabalho pré-existente e alargar as suas dinâmicas a mais destinatários. Para além disso, pretende enriquecer o leque de actividades e iniciativas, contribuindo para uma maior diversidade formativa.
O Projecto Áfri-Cá, Asas e Raízes, procura fundamentar-se em torno dos princípios da pluralidade e interculturalidade, como meio de reforço da coesão social. Tem, também, como objectivo promover a plena integração de crianças e jovens em risco de vulnerabilidade social, trabalhando ainda na prevenção de comportamentos de risco (através da dinamização de animações de pátios em quatro escolas EB1 do Agrupamento de Escolas de São Bruno).
As principais actividades desenvolvidas são a Oficinarte, o atelier de construção de instrumentos musicais, a formação musical, o atelier de dança, a disponibilização de bolsas de estudo, os workshops e espectáculos BYP, o treino de competências pessoais e sociais das crianças e jovens, a limpeza do bairro e o encaminhamento dos jovens para prosseguimento dos estudos e estruturas locais.
O recurso a monitores da comunidade/grupo alvo e a monitores de dança e música da BYP, serve simultaneamente como modelos de referência positiva para as crianças e jovens, bem como de elementos de contacto com as famílias.